Sobre

Sobre aDor

“A dor é o adjunto psíquico de um reflexo protetor imperativo.”
Sir Charles Sherrington
Nobel de neurofisiologia 1932

Definição de Dor segundo a
“Associação Internacional para o Estudo da Dor” (IAAP)

  “Experiência sensitiva e emocional desagradável decorrente ou descrita em   termos de lesões teciduais reais ou potenciais.”

 

  A dor é subjetiva e se expressa de acordo com as experiências prévias individuais.   A expressão da dor tem a participação de mecanismos relacionados aos aspectos   discriminativos, às emoções e ao simbolismo das sensações. Cada indivíduo   aprende a se comunicar e a comunicar sua dor de maneira exclusiva e legítima.  (Manuel Jacobsen Teixeira)

 

O que diferencia uma dor da outra
  • Dor aguda

  Esta, por seu valor biológico, é mais conhecida uma vez que ela chama a   atenção para um problema a ser resolvido, o que significa ser uma reação de   defesa, alerta e fuga de um perigo iminente.

  • Dor crônica

  Diferentemente da aguda, não tem valor biológico, sendo esta uma tentativa   de adaptação a um estímulo de repetição ou um mecanismo patológico de   informação das sensações. Este mecanismo automático é que deve ser   tratado. Enquanto, e se não tratado, pode levar a incapacidade temporária   e/ou distúrbios biopsicossociais.

O que é Dor Crônica
  • Baseada em trabalhos científicos e estudos histopatológicos, em 2001, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu a ‘Dor Crônica’ como Doença, cujo principal sintoma, entre outros também importantes, é a dor por tempo prolongado e de difícil controle.
  • Atualmente, Dor Crônica é uma doença classificada no Código Internacional de Doenças, o CID X, como R 52. O CID Xl já traz maior especificação sobre as diversas categorias e tipos de dor cronificada.
  • Qualquer tipo de dor aguda pode sofrer um complicado processo de transformação do sintoma de dor em doença do sistema nervoso central e/ou periférico. Alguns tipos de dor correm mais risco que outros.
  • Podemos dizer que a dor crônica é aquela que persiste por um mês além do curso habitual de um ferimento ou doença aguda, ou evolui para uma forma e/ou intensidade desproporcionais à lesão.
  • Um dos principais sintomas desta doença é uma dor estranha, que por vezes muda de lugar, é acompanhada de outras sensações também estranhas, não melhora com medicações comuns, perturba o sono, dá desânimo, fadiga, deixa o dia improdutivo e, o pior, passa a ser desacreditada.
  • Estas características têm embasamento fisiopatológico e o médico de dor vai saber entender e explicar durante a consulta o que cada sintoma significa.
  • O tratamento, momento mais esperado da consulta, torna-se uma consequência natural depois que o paciente ouve que não ‘está ficando louco’ e que a dor não ‘é da sua cabeça’. Infelizmente, esse é um comentário bastante comum trazido por quem já passou por várias tentativas de tratamento sem sucesso.
  • Faz parte também do tratamento, ouvir com carinho as sugestões da equipe e tentar incorporar a alteração de alguns hábitos prejudiciais adquiridos e acumulados ao longo do tempo. A dor desorienta e o tratamento visa reorganizar alguns aspectos relevantes ao restabelecimento do bem estar.
O que é Dor Total
  • Um dos principais sintomas desta doença é uma dor estranha, que por vezes muda de lugar, é acompanhada de outras sensações também estranhas, não melhora com medicações comuns, perturba o sono, dá desânimo, fadiga, deixa o dia improdutivo e, o pior, passa a ser desacreditada.
  • Estas características têm embasamento fisiopatológico e o médico de dor vai saber entender e explicar durante a consulta o que cada sintoma significa.
  • O tratamento, momento mais esperado da consulta, torna-se uma consequência natural depois que o paciente ouve que não ‘está ficando louco’ e que a dor não ‘é da sua cabeça’. Infelizmente, esse é um comentário bastante comum trazido por quem já passou por várias tentativas de tratamento sem sucesso.
  • Faz parte também do tratamento, ouvir com carinho as sugestões da equipe e tentar incorporar a alteração de alguns hábitos prejudiciais adquiridos e acumulados ao longo do tempo. A dor desorienta e o tratamento visa reorganizar alguns aspectos relevantes ao restabelecimento do bem estar.
Neuroplasticidade
Uma característica importante

Trata-se aqui de um conceito importantíssimo que significa que a célula nervosa tem a capacidade de transmitir, inibir e avaliar informações, armazená-las e correlacioná-las com experiências prévias.

Este mecanismo está envolvido no fenômeno da centralização e cronificação da dor.

Por ser um mecanismo plástico, isto é, flexível, tem capacidade adaptativa que, somada à capacidade de fazer analogias, permite a experiência ser transformada. Este é um árduo aprendizado, porém de grande valia, pois existe a possibilidade de, mudando o foco, transformar a memória da dor e melhorar a qualidade de vida no decorrer do tempo.

O tratamento conjunto com psicoterapia e fisioterapia, aliados à uma alimentação saudável e bons hábitos é muito recomendado.

Exige determinação, disciplina e perseverança.

Escalas de avaliação da Dor

  “Quando puder medir aquilo sobre o que está falando, e expressá-lo   em números, você sabe alguma coisa a respeito; mas quando não   puder expressá-lo em números, o seu conhecimento será do tipo   insatisfatório; ele poderá ser o início de um conhecimento, mas você   pouco avançou, em seus pensamento, ao estágio de ciência.”

William Thompson Lord Kelvin, (1824 – 1907)

Físico/Termodinâmica

Dor – Quinto Sinal Vital
Campanha de reconhecimento e tratamento do estado doloroso
  • Consideramos sinais vitais:
    • Pressão arterial
    • Frequência cardíaca
    • Frequência respiratória
    • Temperatura
    • DOR
    • Saturação do O2
Dor – Quinto Sinal Vital
Considerar dor como emergência médica. É absolutamente incoerente um paciente permanecer internado com dor.

Objetivos da analgesia:

  • Trazer a dor moderada ou grave para zero ou leve
  • Otimizar o máximo de analgesia possível com o mínimo de efeitos colaterais.
  • Melhorar o sono e aumentar o número de horas dormidas sem dor.
  • Qualificar a dor para obter o diagnóstico correto.
  • Quantificar a dor subjetiva do paciente e ter parâmetro de melhora após medicá-lo.
  • Tornar possível o reconhecimento do ganho de qualidade de vida.
  • Conscientizar que daremos um passo por vez, porém consistentes.
  • A melhora será gradual e progressiva.
  • A disciplina será seu melhor aliado.
Escada Analgésica da OMS
Escada OMS
Para que serve a Escada Analgésica
da Organização Mundial da Saúde
  • Este é um modelo proposto e aceito pela comunidade médica para orientar o uso adequado de medições controladas e derivados opioides no tratamento de cada tipo de dor crônica.
  • Há um consenso entre os especialistas de que cada degrau corresponde a uma etapa do tratamento e que deve-se iniciar pelo primeiro e subir de acordo com a não resposta adequada ao esperado.
  • A exceção fica a cargo da dor oncológica de moderada a severa, em que já há um comprometimento de estruturas em diversos níveis com dor refratária a medicações dos degraus mais baixos. Há a necessidade de se iniciar a terapia medicamentosa de acordo com a seta vermelha até se alcançar a analgesia desejada e confortável. Nestes casos, o 4º degrau corresponde a pacientes internados ou em nível ambulatorial em clinicas especializadas e é muito eficiente para o controle da dor de escape.