Segundo ela, a crescente demanda de pacientes internados ou frequentadores de pronto atendimento, com dor de difícil controle, a levou a lutar pela implantação de um serviço especializado em Dor Crônica para que este paciente não precisasse voltar frequentemente ao serviço de urgência.
“Há 18 anos, o prefeito de Paulínia da época, Edson Moura, autorizou a abertura do então Ambulatório de Dor Crônica no Centro de Oncologia de Paulínia, e com Dr. Gilson Barreto, seu diretor, foi se ampliando e virou um Serviço de Dor no Hospital Municipal de Paulínia. Em 2021, graças à atuação do Secretário de Saúde, Dr. Fábio Alves, transformou-se em uma Unidade de Tratamento de Dor que atende pacientes portadores das mais diversas Doenças Dolorosas Crônicas oncológicas ou não. Com mais essa conquista completada ao lado de outros profissionais competentes, encerro minha carreira pública e posso me aposentar deixando esse legado à população de Paulínia, para me dedicar exclusivamente a minha própria clínica que iniciei em 2011 e que há 2 anos ganhou um nome – a Psicodor”, revela. Psicodor quer dizer: Tratar a dor e a saúde mental.
A Psicodor, última de suas conquistas, oferece um olhar em múltiplos níveis para o tratamento da dor em consultas de 1 a 2 horas, dependendo de cada situação e inclui orientação sobre a doença, prescrição medicamentosa e de fitocannabinóides, terapia venosa, bloqueios periféricos, como também orienta outras práticas integrativas para o bem estar geral e nutricional, como fisioterapia em diversas modalidades e Pilates, em parceria com a MedSoul Clínic. “Sendo Psicanalista Junguiana, atendo pessoas que queiram se submeter ao lindo processo de autoconhecimento, mas também a aqueles que precisem de ajuda para desvendar conflitos pessoais ou familiares”, destaca.
Apaixonada pela sua profissão e tudo que ela oferece, Dra. Cris afirma que a sua maior fonte de motivação está na própria Medicina da Dor e no que a dor pode revelar para o crescimento psíquico de cada um. “Tratamento significa parceria onde cada um tem sua responsabilidade. Se dermos a mais e o outro fizer menos, na sua parte, consequentemente, o paciente terá menos ganho no tratamento. Temos que pensar que o paciente gasta seu tempo e desembolsa um investimento na sua saúde. Portanto, temos que otimizar tempo e recursos para que não haja desperdícios de nenhum lado, nem tão pouco de energia”, comenta.
Sempre cheia de rotina, objetivos e sonhos a alcançar, ela conta que não há nada mais gratificante do que ver um sorriso após os procedimentos de tratamento da dor, ou até mesmo uma lágrima de quem está em terapia e vislumbra uma saída. “Acompanhar o paciente em análise não significa oferecer alegrias, mas sim ter um olhar para aquilo que nele quer ser visto”.
Para ela, ser mulher é saber aculmular tarefas, ser forte, resiliente e superar as mudanças. “Atender os pacientes, ir tomar uma água pra poder atender o chamado das filhas, ainda poder sentir todas as emoções a um só tempo e continuar. Chegar na escola atrasada, chegar em casa voando, jogar a capa, ou melhor, trocar a capa, virar mãe e esposa. Ufa! Deu tempo?”, afirma.
Para o futuro, os seus sonhos são muitos e os planos também. “Quero desenvolver minha clínica sempre inovando, não só tecnicamente, mas acima de tudo com tratamento humanizado! Ser humanizado não significa ser permissivo, mas manter vínculo de confiança, uma relação médico-paciente em harmonia e em parceria com seus familiares com disciplina e tranquilidade. Informação traz confiança, é a parte mais importante para uma melhor adesão à proposta terapêutica. Sem informação e empatia, o paciente e sua família ficam à mercê de crendices, medos, tabus e preconceitos que interferem negativamente no bom desempenho do tratamento”, finaliza.